Neoliberalismo é uma teoria econômica que defende a mínima intervenção estatal e a privatização dos serviços públicos. Sendo assim, a doutrina neoliberal prega o mínimo envolvimento do Estado na economia, dando preferência aos setores privados. Foi criada no século XX, na Europa, com o objetivo de servir como um guia para o progresso econômico. A ideia central do neoliberalismo é que o desenvolvimento econômico deve ser livre de intervenção estatal. Portanto, os neoliberais são a favor do Estado Mínimo, onde o Estado não dita regras na economia.
Rumos da economia
Essa doutrina política está historicamente ligada ao surgimento da burguesia no século XVIII. Sua ideia mais básica é que a liberdade em geral (mercado livre e democracia) é vantajosa para a sociedade na totalidade. Além de defender um modelo econômico de livre mercado, os liberais também acreditam na liberdade do indivíduo de agir da maneira que lhe convém, desde que não infrinja a liberdade dos outros.
Mas a história não termina por aí. Existe outro termo, amplamente utilizado nos jornais e círculos acadêmicos hoje em dia, que se refere a uma vertente específica do liberalismo: é o neoliberalismo. Os termos neoliberalismo e liberalismo são tão semelhantes que muitas pessoas não veem nenhuma diferença entre eles. Vamos entender como o neoliberalismo difere do liberalismo clássico.
Neoliberalismo no Brasil
O neoliberalismo no Brasil teve início com o governo de Fernando Collor de Mello e se consolidou com a chegada de Fernando Henrique Cardoso à presidência. Desde então, houve uma redução nos investimentos públicos e privatização de empresas estatais. O objetivo era acabar com o principal problema econômico do país: a inflação. Para isso, Collor de Mello propôs a criação de uma nova moeda, mudança nas leis trabalhistas, abertura do mercado nacional e privatização de empresas estatais. Essas medidas ficaram conhecidas como Plano Collor. Com o sucesso do Plano Real, Fernando Henrique Cardoso venceu as eleições para presidente em 1994.
Quando FHC chegou ao poder, o Estado assumiu um papel diferente. De ser um Estado desenvolvimentista e um grande investidor, como era o caso nos governos de Getúlio Vargas, JK e na ditadura militar, o Estado passou a ser um regulador. Portanto, diversas agências reguladoras dita as regras para as novas empresas que começaram a operar no país. Por exemplo: desde a extinção das empresas estatais de telefonia, as empresas privadas precisam se submeter à Anatel para operar no Brasil.
Políticas Econômicas do Governo
O neoliberalismo no Brasil é um conceito diretamente ligado à aplicação de políticas econômicas pelo governo. As políticas econômicas do governo são medidas tomadas pelo governo para contribuir para a economia nacional, seguindo os objetivos de curto e longo prazo estabelecidos de acordo com o governo em exercício. As principais políticas econômicas do governo incluem:
Política de Renda
A política de renda tem a função de aumentar o poder de consumo de toda a população por meio de trocas financeiras.
Política Fiscal
A política fiscal cumpre um propósito principal de equilibrar os gastos e a receita do governo, controlando os gastos públicos e os impostos, principalmente.
Política Cambial
A política cambial objetiva equilibrar as contas externas do país e, acima de tudo, a taxa de câmbio.
Política Monetária
Responsável por controlar o poder da moeda.
Essas políticas são importantes para o desenvolvimento econômico do país, pois ajudam a manter a estabilidade financeira e promover o crescimento econômico.
Abertura Econômica
Uma das principais características do neoliberalismo no Brasil foi a abertura da economia para o comércio internacional. Isso resultou na redução das tarifas de importação e na eliminação das barreiras comerciais, tornando o mercado brasileiro mais acessível aos produtos estrangeiros. Mesmo assim, essa abertura econômica foi gradual e teve impactos significativos em setores da economia que enfrentaram maior concorrência estrangeira.
Em resumo, o neoliberalismo no Brasil trouxe mudanças significativas na forma como a economia é estruturada e gerenciada. O Estado passou a desempenhar um papel regulador, enquanto a iniciativa privada ganhou maior destaque. As políticas econômicas do governo também foram reformuladas para promover a estabilidade financeira e o crescimento econômico. No entanto, o impacto dessas mudanças na vida cotidiana e no bolso dos cidadãos é complexo e merece uma análise mais aprofundada.
Assunto Relacionado:
Desbloqueando o poder do Conhecimento.